Ciência e Tecnologia

Sangue artificial vai ser fabricado e testado em humanos

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Deverá ser uma realidade dentro de dois anos e vai acontecer na Europa. O anuncio foi feito pelo departamento de Sangue do serviço nacional de saúde britânico.

O sangue artificial vai ajudar no tratamento de de grupos específicos de doentes que precisam de transfusões periódicas de glóbulos vermelhos.

O sangue sintético é feito a partir de células estaminais do cordão umbilical de recém-nascidos ou então das células extraídas do próprio sangue original, como se fosse clonado e a partir de células estaminais pudesse ser fabricado em laboratório.

Os primeiros ensaios clínicos vão ser desenvolvidos com pequenas quantidades de sangue para que os cientistas estudem o tempo que os glóbulos vermelhas do sangue fabricados podem sobreviver dentro de receptores humanos.

Este anúncio coincide com a divulgação, no início do mês, de valores preocupantes na quebra de doação benévola de sangue no Reino Unido. Os números oficiais mostram que numa década caíram 40 por cento dos doadores, em grande parte este cenário deve-se ao crescente número de pessoas que fazem tatuagens que as impede de doarem sangue.

Este programa de investigação do sangue está a ser feito por uma equipa que envolve as universidades de Bristol, Cambridge e Oxford. De acordo com os cientistas uma grande vantagem do sangue sintético é que os glóbulos vermelhos produzidos a partir de células estaminais têm a vantagem de estarem livres de infeções, o que significa que não há o risco de transmissão de vírus, tais como a sida ou a hepatite.

O presidente do Instituto Português do Sangue, Hélder Trindade, diz que esta é uma boa notícia, embora só o tempo dirá se este sangue sintético vai ou não tornar-se uma realidade.