O Vaticano e "o Estado da Palestina" assinaram hoje um acordo sobre os direitos da Igreja Católica nos territórios palestinianos, anunciou o Vaticano num comunicado.
O acordo foi assinado no palácio pontifical pelo secretário para as Relações com os Estados, o arcebispo Paul Richard Gallagher, e pelo ministro dos Negócios Estrangeiros palestiniano, Riyad al-Maliki.
A negociação do acordo foi feita por uma comissão bilateral e prolongou-se por 15 anos.
O Vaticano utiliza o termo "Estado da Palestina" desde o início de 2013, o que leva os palestinianos a considerar haver "um reconhecimento de facto" do seu Estado e desagrada a Israel.
O documento exprime o apoio do Vaticano à solução "do conflito entre israelitas e palestinianos pela fórmula de dois Estados", segundo Antoine Camilleri, chefe da delegação do Vaticano.
Para a Organização de Libertação da Palestina (OLP), o acordo faz do Vaticano o 136.º Estado a reconhecer o Estado da Palestina.
Para Israel, este acordo "não contribui para o avanço do processo de paz e afasta a direção palestiniana da mesa das negociações bilaterais".
O Vaticano tem relações diplomáticas com Israel desde 1993 e negoceia desde 1999 um acordo sobre os direitos jurídicos e patrimoniais da Igreja Católica no Estado hebreu.