Fonte governamental grega diz que o país não vai pagar o que deve ao Fundo Monetário Internacional na terça-feira, último dia do prazo, avança a agência Reuters. EUA dizem que a Grécia devia honrar compromisso.
A primeira reação surgiu do outro lado do Atlântico, de Washington. Questionado sobre a decisão do governo de Atenas, um porta-voz da Casa Branca disse que "os Estados Unidos acreditam que os gregos devem honrar os seus compromissos".
Nestas declarações, Josh Earnest revelou também que o Barak Obama e François Hollande conversaram ao telefone sobre a crise grega.
Os dois chefes de Estado concordaram sobre a necessidade de definir um pacote de reformas que permitam à Grécia voltar a um crescimento económico sustentado.
O porta-voz da administração norte-americana disse que concretizar essa meta é "do interesse de todas as partes envolvidas nas negociações [sobre a Grécia]".
A Grécia, que enfrenta problemas de liquidez, arrisca-se a entrar em incumprimento, tendo de pagar até terça-feira à noite mais de 1,6 mil milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI).
Atenas está há meses em negociações com os credores (FMI, Comissão Europeia e Banco Central Europeu) para que seja desbloqueada parte ou a totalidade dos 7,2 mil milhões do empréstimo concedido ao país em 2012, um financiamento considerado final para que a Grécia possa cumprir os seus compromissos.
Os credores da Grécia exigem reformas para que seja desbloqueado o financiamento, enquanto o governo grego liderado pelo Syriza (esquerda radical) diz que quer aliviar a austeridade imposta ao país nos últimos anos e tem recusado reformas que impliquem novos cortes.