Economia

Novo Banco pode ir a leilão final

DN

O prazo para as cinco entidades que estão na corrida à compra do Novo Banco avançarem com propostas vinculativas termina hoje à tarde, mas a entidade liderada por Carlos Costa pode abrir um "leilão final" para fazer subir o preço, diz o Jornal de Negócios.

A decisão só vai ser tomada depois de analisadas todas as propostas vinculativas entregues até ao final do dia, mas, é quase certo que o Banco de Portugal venha a requisitar novas propostas aos cinco finalistas à compra do Novo Banco.

De acordo com o Jornal de Negócios, a entidade liderada por Carlos Costa não está totalmente satisfeita com as propostas já apresentadas.

Até agora, os valores ficam aquém dos 4.900 milhões de euros injectados, no Novo Banco, pelo Fundo de Resolução. O Negócios acrescenta que a dúvida, neste momento, é perceber qual será a dimensão da perda que vai ter de ser assumida pelos bancos e instituições financeiras que fazem parte do mecanismo. Um valor que pode chegar até aos 1.000 milhões de euros.

Um leilão final pode ser, por isso, a solução para fazer subir o preço numa derradeira oferta, que pretende também uma certa "diferenciação de propostas semelhantes", diz o Negócios.

A atractividade financeira, ou seja, o melhor preço, é para já o critério mais valorizado para a escolha do comprador, seguido da disponibilidade para comprar a totalidade dos ativos colocados à venda e dos planos estratégicos e de desenvolvimento apresentados para fazer crescer o Novo Banco.

Os candidatos vão ter ainda de dizer como pensam salvaguardar a solidez da entidade bancária em caso de uma eventual crise económica.

Para além dos chineses da Fosun e da Anbang, estão também na corrida à compra do Novo Banco os espanhóis do Santander, o único banco entre os finalistas, e os fundos norte-americanos Apollo e Cerberus.

Esta terça-feira, o prazo para a entrega de propostas vinculativas termina às 17h00.