O TAGV - Teatro Académico Gil Vicente foi construído em 1961 e desde então manteve-se como o único edifício teatral universitário do país. A maior sala de espetáculos de Coimbra vai sofrer obras de melhoramento.
Apesar de o edifício ter sido alvo de obras de melhoramento em 1992 para o evento "Coimbra - capital nacional de cultura", a sala e o palco exigiam obras para poderem receber espetáculos contemporâneos.
54 anos de espetáculos, com programação regular, com conhecidos nomes nacionais e internacionais a passar pelo palco do TAGV.
O Teatro está ligado à Universidade e vai agora fechar as portas até 15 de setembro para obras de remodelação. "Sendo um edifício classificado, o que queremos é preservar e deixá-lo tal como estava na origem. Por exemplo, vamos levar todas as cadeiras para uma oficina e deixá-la tal como estavam no início", Fernado Matos Oliveira, diretor do TAGV, a enumerar os melhoramentos que vão ser feitos.
A intervenção de 180 mil euros Euros só será possível com a parceria de uma instituição bancária, possibilitando recuperar o auditório de 700 lugares sentados, mas também vai permitir automatizar o palco, substituir e rebaixar o palco, bem como mudar algumas cabelagens".
Conforto, segurança e qualidade técnica, que vão permitir melhores condições de visionamento e espetáculos mais contemporâneos. "Transformar o foço de orquestra num palco continuado, aumentando o espaço cénico, e isso tem que ver com as linguagens de criação contemporânea, que existem cada vez mais qualidade do espaço técnico e cénico", refere.
O Teatro Académico Gil Vicente corre o pano de cena a 15 de julho e volta a abri-lo para receber no dia 17 de setembro o Festival de Magia de Coimbra.
A parceria com o Santander Totta foi assinada na sala do Carvão, da Casa das Caldeiras, um local recuperado e que fazia parte dos antigos hospitais da Universidade de Coimbra.
Luís Bento dos Santos, administrador do banco, sublinha que a Universidade de Coimbra tem sido apoiada anualmente por esta instituição bancária e exemplo disso são as bolsas atribuídas a estudantes, docentes e investigadores, o apoio dado na candidatura a Património Mundial da Humanidade, ou o Prémio Universidade de Coimbra, atribuído anualmente.
"As verbas são atribuídas no âmbito do protocolo anual com a Universidade, depois a própria UC escolhe os projetos que quer desenvolver, mas para nós é fundamental apoiar a recuperação do património de Coimbra", garante.
Pelo TAGV nos últimos anos passaram nomes como Laurie Anderson e Adriana Calcanhoto, na música, Wim Vandekeybus, na dança e Tim Etchells no teatro.