Começa hoje a 5ª edição dos Jardins Efémeros, um festival de arte, que se realiza até 12 de julho e que pintou de verde o Centro Histórico de Viseu, que está transformado num grande jardim. Jardins Efémeros é um evento multidisciplinar que promete pensar uma cidade com gente dentro.
"Os jardins ocupam todo o casco velho e procuram estabelecer pontes de contacto entre diferentes formas de intervir na cidade". Sandra Oliveira, a curadora dos jardins efémeros que ocupam o espaço público e muito dos edifícios abandonadas de Viseu que recebem instalações culturais promete "um dialogo entre artistas e visitantes, procurando novas formas de pensar a cidade".
Na Casa do Sonho, um edifício devoluto, crianças e jovens têm à sua disposição uma biblioteca e ludoteca construída pela comunidade viseense.
Na Casa vão estar todos os livros e jogos infantis recolhidos pelos comerciantes e oferecidos pelas gentes de Viseu, assim como, o trabalho de investigadores, cientistas, universidades e criadores do programa, aplicado a 43 atividades com mais de 1500 vagas em oficinas preparadas especificamente para as crianças.
Na Sé de Viseu, o pianista ucraniano Lubomyr Melnyk e, nos Claustros, a produtora Holly Herndon marcam presença com espetáculos únicos. Puce Mary, Quiltland, Caterina Barbieri e Eli Gras vão povoar musicalmente o Museu Nacional Grão Vasco. Há ainda para descobrir as composições de HOMO, Jonathan Saldanha e a criação única "Cidade Museu", performance dirigida por Pedro Rebelo.
No Palco construído especialmente para os Jardins Efémeros (da autoria de Pedro Tudela), no Adro da Sé, passam nomes como Pye Corner & Not Waving, TochaPestana, Tó Trips, Gala Drop, HHY & The Macumbas e Trans-Aeolion Transmission.
A banda portuguesa Bizarra Locomotiva vai "inaugurar" o Fojo, um espaço criado na antiga garagem da Renault, no Largo Santa Cristina. O local recebe a programação da responsabilidade da Associação "Fora de Rebanho".
Novos projetos musicais podem ser descobertos no "Jardim Errante", um palco sobre quatro rodas.
Os jardins efémeros decorrem até 12 de julho e prometem levar os viseenses ao centro da cidade através da arte. Da dança ao teatro e à música, passando pela pintura, instalações multimédia, oficias e conferências, até chegar à gastronomia, o programa é vasto e o palco vai ser sempre a "rua".