Política

Jerónimo acusa UE de querer obrigar povo da Grécia a "ajoelhar"

Jerónimo de Sousa e Ilfa Figueiredo Arménio Belo/Lusa

Sábado à noite, em Viana do Castelo, o líder do PCP fez questão de dizer que os gregos já pagaram a crise com os salários, as pensões, os serviços de saúde e a proteção social.

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, acusou a União Europeia de querer "mandar na Grécia" e obrigar o povo daquele país a "ajoelhar", manifestando solidariedade para com os trabalhadores daquele país.

Falando em Viana do Castelo sábado à noite, num jantar de apresentação de Ilda Figueiredo como cabeça-de-lista da CDU às eleições legislativas por aquele círculo, Jerónimo de Sousa sublinhou que o povo da Grécia "já pagou com 'língua de palmo' nos seus salários, nas pensões, nos serviços de saúde e na proteção social".

"Querem agora obrigar um povo a ajoelhar, querem obrigar um povo a humilhar-se, dizendo 'não aceitamos as vossas propostas, porque queremos continuar a cortar nos salários, queremos continuar a cortar nas reformas e nas pensões. Queremos mandar na Grécia'. É esta a solidariedade, é este o princípio da coesão?", questionou.

Por isso, disse que, "independentemente do resultado" do referendo de domingo na Grécia, a solidariedade da CDU é com os trabalhadores e o povo daquele país e não com a União Europeia, "que já mostrou a sua verdadeira face".