Política

PCP insiste na renegociação da dívida como solução para o futuro

Jerónimo de Sousa André Kosters/Lusa

O PCP avança para as legislativas com uma insistência nas principais bandeiras recentes do partido. O programa eleitoral foi apresentado esta terça-feira à tarde por Jerónimo de Sousa que insistiu nas dificuldades de convergência à esquerda.

A união das 'esquerdas' volta a pairar sobre as eleições tal como questão sobre o acordo entre PCP e PS.

Na apresentação do programa eleitoral do PCP para as legislativas deste ano, Jerónimo de Sousa concretizou vários obstáculos, a começar pela renegociação da dívida, um dos eixos centrais do programa dos comunistas.

O PCP defende uma redução do valor da dívida para metade e que o peso dos juros que são pagos todos os anos seja aliviado em pelo menos 75 por cento. Os comunistas argumentam que é a única forma de o país conseguir crescer, sublinhando que a renegociação deve ser articulada com um estudo para o país sair do Euro.

O PCP promete respeitar a vontade popular mas não se compromete com a realização de um referendo. Antecipando um cenário de eleição de um governo minoritário, Jerónimo de Sousa entende que é um abuso pensar que será Cavaco Silva a decidir se dá posse a um Executivo sem maioria.

As palmas interromperam várias vezes o discurso do secretário-geral do PCP, na apresentação de um programa que define como objetivos centrais o crescimento económico e o emprego.