O funeral de Maria Barroso realiza-se esta quarta-feira. A urna já saiu do Colégio Moderno, em direção à igreja dos Santos Reis Magos, no Campo Grande, em Lisboa.
Na igreja a missa de corpo presente estava marcada para as onze da manhã, pelo padre Feytor Pinto. Algum tempo antes da cerimónia a igreja já se encontrava cheia. Entre as pessoas que marcavam presença estava o Presidente da República, mas também D. Ximenes Belo, bispo timorense, Carlos Carvalhas, antigo líder comunista, Almeida Santos, histórico socialista, bem como muitos outras figuras ligadas ao PS e a outros partidos.
À TSF Carlos Carvalhas recordou Maria Barroso com "uma figuran que merece respeito, como lutadora pela liberdade, uma anti-fascista e uma mulher da cultura". Já Ximenes Belo lembrou como a antiga primeira dama tinha sido "amiga de Timor-Leste. Ela também lutou pelos direitos do povo de Timor Leste". Ximenes Belo afirmou estar no funeral "para mostrar a solidariedade" dos timorenses.
Maria Barroso foi atriz, tendo trabalhado nos teatros Nacional D. Maria II, Villaret e São Luiz, dirigiu o Colégio Moderno, fundado pelo sogro, João Soares, e foi a única mulher que fez parte do núcleo fundador do Partido Socialista, em 1973, do qual foi deputada, depois do 25 de Abril de 1974.
Maria Barroso, que era casada com o ex-Presidente da República, Mário Soares, dirigia a Fundação Pro-Dignitate.
Morreu na terça-feira pelas 05:20, aos 90 anos, no Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa, onde se encontrava internada.