Presidente da FIFA há 17 anos, Joseph Blatter continua a rejeitar qualquer envolvimento nos casos de corrupção.
Num artigo assinado pelo próprio e que vai ser publicado na edição desta sexta-feira da revista Weekly FIFA, o líder do organismo recorda que não foi ele que designou os membros do Comité Executivo.
Joseph Blatter garante que não tem "quaisquer responsabilidades sobre o Comité Executivo", uma vez que apenas se limitou a "ir a jogo com a equipa escolhida pelas diferentes confederações".
O titular da FIFA joga, no entanto, ao ataque para dizer que sabe defender-se, assegura que está "preparado para lidar com os críticas" e considera que as manobras para o substituir
são um "mero espectáculo secundário à parte".
Ainda assim, Joseph Blatter considera que "o momento é grave, o próprio futuro da FIFA está em causa" e, sem desconto de tempo, o "organismo precisa de reformas urgentes".
Em relação aos casos de corrupção, o líder do organismo remete os mesmos para os tribunais. No entanto, defende mão pesada, se a mesma se justificar. "Faça-se justiça", é o remate final de Joseph Blatter.
O apito inicial para este caso foi dado há 2 meses pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos. Na altura, vários membros da FIFA foram indiciados de suborno, lavagem de dinheiro e fraude bancária.
Entre os acusados, estão os vice-presidentes do organismo, entretanto suspensos, Jeffrey Webb das Ilhas Caymão e o uruguaio Eugenio Figueredo.
Outros envolvidos são o antigo nº2 da FIFA Jack Warner de Trinidad e Tobago, Eduardo Li da Costa Rica, Julio Rocha da Nicaragua, director de desenvolvimento, e o paraguaio Nicolas Leoz, antigo membro do Comité Executivo.