Os pais do antigo guarda-redes do Real Madrid não escondem a desilusão. A mãe, em especial, considera que o filho merecia mais e detestou que ele tivesse trocado um clube grande pelo FC Porto, tendo em conta a sua categoria.
O desalento e a desilusão estão estampados e bem claros numa entrevistas dos pais de Iker Casillas ao jornal El Mundo.
Se dependesse dos progenitores, Casillas não vinha para o FC Porto.
"O Porto? Por amor de Deus! Quando se soube que ele estava à procura de casa em Roma, liguei-lhe e disse-lhe: 'que estás a fazer, Iker? Não vais sair!'. Agora imaginem para o Porto... É uma equipa de Segunda B para uma pessoa da categoria do Iker. Um campeão do Mundo não pode acabar no Porto. Podia acabar em qualquer lado, nem me importava que o fizesse no Barcelona, porque são uns senhores. Mandaram-no a uma 'vaporeta' em vez de a uma máquina a vapor".
As palavras são de Mari Carmen, mãe do antigo jogador do Real Madrid. O pai também discorda do novo rumo da carreira de Iker, mas a "revolta" é rematada com menos força no discurso durante esta entrevista.
"Bem, Carmen. Não digas isso da Segunda B, porque respeito o FC Porto. É certo que o Iker merecia um Manchester United ou um Paris Saint Germain, mas não se pode dizer isso. Se me tivesse pedido um conselho, teria-lhe dito para terminar no Real Madrid. E se não o quisessem que o despedissem! Mas claro, o Real Madrid o que consegue com esta fórmula é evitar pagar os 25 milhões de indemnização".
De sangue "mais quente", a mãe não se conteve e revelou que na mensagem que enviada ao filho minutos antes de assinar pelo FC Porto escreveu: "Filho, mereces uma equipa com mais categoria".
Mari Carmen também não se contém quando fala em Florentino Perez. Considera que o filho nunca foi bem tratado pelo atual presidente do Real Madrid. "Este presidente nunca o quis por ele ser baixo. Ele gostou sempre mais dos altos. Esteve sempre obcecado em contratar o Buffon. O meu Iker suportou uma grande pressão psicológica, ele nunca foi tratado como os outros jogadores. Foi muito mal tratado nos últimos cinco anos".