É a principal conclusão de um relatório do Tribunal de Contas, sobre execução do orçamento da segurança Social, relativo ao ano passado.
Só três em cada dez estagiários conseguiram integrar-se no mercado de trabalho. Os restantes dois terços regressaram ao desemprego.
Os dados são do Tribunal de Contas, dizem respeito ao ano passado e demonstram, escreve o jornal digital Observador, comparativamente a 2012, que o número de estagiários que conseguiu emprego desceu cerca de dez por cento.
Para além da fraca percentagem de sucesso, os estágios promovidos ou financiados pelo Estado contribuíram para elevados níveis de precariedade. Segundo o Tribunal de Contas, o alívio nos custos das empresas pressionou negativamente os salários do setor privado, que por sua vez, contribui para uma redução da receita contributiva.
Apesar disto, o Tribunal de Contas reconhece mérito aos estágios profissionais. No documento, que faz parte do relatório de acompanhamento da execução do orçamento da segurança social, relativo a 2014, é realçado o contributo das políticas activas de emprego para a criação de novos postos de trabalho.
Em 2014, o emprego por contra de outrem aumentou 1,6 por cento, em contraponto com a queda de 2,6 por cento em 2013. Outro ponto positivo é a redução dos níveis de desemprego, que foi compensada pela criação de estágios finaciados pelo IEFP.
O aumento dos custos com as políticas activas de emprego também é assinalado, apesar de as despesas totais com o desemprego e apoio ao emprego terem caído 18,3 por cento.