Uma posição defendida na Conferência sobre Política Fiscal organizada pela Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas e pela TSF. O secretario geral do PS, António Costa, defendeu também que no quadro europeu, Portugal não deve sentir-se menorizado.
António Costa sublinhou que "o tempo não volta para trás".
""Não há nenhuma razão para Portugal se sentir incapacitado ou menorizado no contexto da União Europeia. Portugal, desde que faça aquilo que deve fazer, que é ter uma posição ativa na construção de alianças, pode e deve, encontrar no quadro da União Europeia a melhor defesa do seu próprio interesse."
O secretário geral do PS criticou ainda o governo que diz ter falhado todas as promessas, nomeadamente em relação ao défice e aos números do desemprego. "Entre 2012 e 2013 Portugal teve um aumento da carga fiscal idêntico ao que tinha tido nos 10 anos anteriores. De 2012 para 2013 aumentou 2,7 pontos percentuais, o mesmo que ao longo da década anterior se tinha vindo a acumular. Este aumento incidiu, muito em particular, sobre o rendimento disponível das famílias."
António Costa afirmou que Portugal deve reforçar a confiança e defendeu que é necessário "um alívio fiscal urgente para a classe média".
Uma ideia partilhada pelo secretário geral do PCP. Jerónimo de Sousa afirma que o governo continua a comprometer o rigor das contas públicas e que a máquina fiscal está pior.
Jerónimo de Sousa citou o relatório do Tribunal de Contas para dizer que o governo PSD/CDS "martela as contas". O líder comunista citou o que diz o relatório: "que o governo continua a comprometer o rigor e a transparência das contas públicas, porque martela as receitas e despesas na contabilidade orçamental. Se lhe somarmos o relatório da ADSE da semana passada, perguntamos como é possível acreditar nas suas justificações para a enorme carga fiscal lançada sobre o povo português em nome do equilíbrio das contas públicas."
Ideias defendidas na Conferência sobre Política Fiscal organizada pela Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas e pela TSF.