Saúde

Quase metade das urgências em 2014 foram "falsas"

João Manuel Ribeiro/ Global Imagens

O Relatório Anual sobre o Acesso a Cuidados de Saúde nos Estabelecimentos do SNS e Entidades Convencionadas, relativo a 2014, mostra também que houve um crescimento no número de consultas nos centros de saúde e nos hospitais.

Em cada dez doentes atendidos nas urgências, em 2014, seis receberam pulseira vermelha, laranja ou amarela... Os restantes, ou seja, em quarenta por cento dos casos, verificou-se que o recurso ao hospital não era imprescindível. Ainda assim, e apesar do número elevado, as falsas urgências desceram, face a 2013.

Os dados constam no Relatório Anual sobre o Acesso a Cuidados de Saúde no SNS e Entidades Convencionadas. O documento, segundo o jornal Público, diz que no ano passado foram registadas mais urgências, mais de seis milhões, mas também mais consultas nos centros de saúde.

Em 2014, houve mais 165 mil do que no ano anterior. Um aumento que se justifica, sobretudo, pelas consultas sem a presença do doente, que cresceram mais de cem mil, face a 2013.

A mesma tendência foi verificada nos hospitais. No ano passado efetuaram-se quase 12 milhões de consultas. O número subiu, mas quem precisa de uma primeira consulta ainda arrsica-se a ter de esperar, em média, 115 dias - quase 4 meses. O Algarve surge no topo da lista, com uma média de 161 dias. No Alentejo, o processo é o mais rápido, demora cerca 105 dias.

Perante esta realidade, o Ministério da Saúde reconhece que o decréscimo da população contribuiu para a subida do número de atentimentos nos hospitais e centros de saúde. Ainda assim, no final de 2014, quase um milhão e meio de utentes continuava sem ter médico de família. Entretanto, diz o Público, a tutela garante que no final do primeiro semestre deste ano, este valor desceu para um milhão e duzentos mil.