Justiça

Ricardo Salgado constituido arguido na investigação "Universo Espírito Santo"

Ricardo Salgado Diana Quintela/Global Imagens

O ex-presidente do BES já tinha sido interrogado na segunda-feira, no âmbito da investigação "Universo Espírito Santo". Esta sexta-feira, Salgado esteve a ser ouvido no Tribunal Central de Instrução Criminal.

Já terminou o interrogatório a Ricardo Slgado que teve lugar esta sexta-feira no Tribunal Central de Instrução Criminal. O ex-presidente do BES foi interrogado pelo juiz Carlos Alexandre, no âmbito da investigação "Universo Espírito Santo". Segundo a estação de televisão SIC, as medidas de coação serão diovulgadas mais tarde.

Ricardo Salgado já tinha sido interrogado e constituído arguido pelo Ministério Público na segunda-feira, no âmbito da investigação "Universo Espírito Santo", segunda uma nota da PGR.

A Procuradoria-Geral da República esclarece que, na sequência do interrogatório de segunda-feira, o Ministério Público apresentou um requerimento para que o ex-presidente do BES fosse presente ao Tribunal Central de Instrução Criminal, tendo em vista a aplicação de uma medida de coação diversa do termo de identidade e residência.

As investigações que decorrem no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) no âmbito do denominado "Universo Espírito Santo" já levaram à constituição de seis arguidos, decorrendo cinco inquéritos autónomos e 73 apensos.

Segundo a mesma nota, enviada às redações, "foram constituídos seis arguidos no âmbito destas investigações, nas quais está em causa a suspeita da prática de crimes de falsificação, falsificação informática, burla qualificada, abuso de confiança, fraude fiscal, corrupção no setor privado e branqueamento de capitais".

Estão em curso no DCIAP, no âmbito do "Universo Espírito Santo", "cinco inquéritos autónomos e 73 inquéritos, que se encontram apensos a um daqueles. Estes inquéritos apensos respeitam a queixas apresentadas por pessoas que se consideram lesadas pela atividade desenvolvida pelo BES e pelo GES".

As investigações referidas estão a cargo de cinco magistrados do Ministério Público do DCIAP, tendo sido ainda constituída uma equipa multidisciplinar de seis magistrados de outras jurisdições, "que intervém apenas em questões específicas relacionadas, designadamente, com o arresto de bens/recuperação de ativos, questões cíveis e de insolvência", explica a nota da PGR.

O Ministério Público é coadjuvado nestas investigações por elementos da Polícia Judiciária e da Autoridade Tributária e Aduaneira, e mantém estreita colaboração com as entidades reguladoras, como o Banco de Portugal e a CMVM.