A medida de coação foi anunciada este sábado pelo advogado do ex-presidente do BES. Ricardo Salgado foi inquirido desde as 09:30 de sexta-feira, no âmbito da investigação "Universo Espírito Santo". A Defesa considera a medida de coação "desproporcionada" e anunciou que vai recorrer.
O ex-presidente do BES Ricardo Salgado fica obrigado "a permanência na habitação, de onde só pode sair com autorização do juiz", disse este sábado de madrugada o seu advogado, à saída do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), em Lisboa.
Ricardo Salgado foi inquirido desde as 09:30 de sexta-feira, pelo juiz Carlos Alexandre, e já tinha sido interrogado e constituído arguido pelo Ministério Público, na segunda-feira, no âmbito da investigação "Universo Espírito Santo", segundo um comunicado da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Segundo a mesma nota, no âmbito da investigação, "foram constituídos seis arguidos", estando "em causa a suspeita da prática de crimes de falsificação, falsificação informática, burla qualificada, abuso de confiança, fraude fiscal, corrupção no setor privado e branqueamento de capitais".
Francisco Proença Carvalho, um dos advogados de Ricardo Salgado, disse aos jornalistas que o antigo banqueiro ficou sujeito à medida de coação de "obrigação de permanência na habitação". Uma medida que o jurista considerou "desproporcionada", tendo anunciado que vai recorrer.