Um estudo internacional concluiu que Portugal é o país onde uma aposta na prevenção de fogos florestais daria mais retorno. A redução da área ardida seria "drástica".
A necessidade de reforçar o investimento na prevenção de fogos florestais é conhecida, mas agora um estudo coordenado por Paulo Fernandes da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douto veio demonstrar que Portugal é o país onde essa aposta na prevenção poderia ter melhores resultados. O investigador diz que "por cada unidade de território intervencionado obtemos um retorno que é o mais alto do mundo".
Paulo Fernandes, do Centro de Investigação e de Tecnologias Agroambientais e Biológicas da UTAD, diz que "há um conjunto de características físicas do território que gera um padrão de áreas ardidas que faz com que haja um bloqueio dos incêndios que vão ocorrer no futuro".
O investimento público, diz Paulo Fernandes, tem de ser repensado porque combater incêndios é muito mais caro do que preveni-los; "Intervir numa área florestal para gerir o combustível pode custar, em média, 100/200 euros por hectare. Uma hora de voo de um meio aéreo pode custar 10 vezes mais.
Para além de Portugal, este estudo analisou o clima e a vegetação de regiões da Austrália, da Espanha, dos Estados Unidos, do Canadá e da África do Sul.