Um ano e meio depois de ter sido declarada uma epidemia, organização mundial de saúde testou um fármaco que pode ser 100 por cento eficaz.
O ensaio foi realizado com 4 mil pessoas, na Guiné-Conacri. São todas familiares, amigos, vizinhos e colegas de trabalho de um centena de infectados com o vírus.
Marie Paule Kieny, da Organização Mundial de Saúde, explicou à CNN que quatro mil pessoas, que tinham estado em contacto direto com uma centena de infectados com o vírus, foram divididos em dois grupos iguais e vacinados com três semanas de intervalo.
Os resultados são reveladores, sublinha a médica da OMS: "Dez dias depois de ser administrada a vacina, não há vestígios do vírus, zero. Mas no grupo em que a vacina não foi administrada imediatamente, foram registados 16 casos de ébola, num total de dois mil.Por isso há a diferença entre zero casos de ébola no grupo que foi vacinado e 16 casos no grupo de controle".
Marie Paule Kieny admite que podem existir efeitos secundários: "Em alguns casos aparecem febres, mal-estar, e foi também reportado, mas num número mínimo, a presença de artrites ou dores nos dedos dos pés.Registaram-se esses sintomas no estudo mas em números muito pequenos".
Agora, é preciso perceber se a vacina gera imunidade, para isso os testes devem continuar.
"Este processo pode demorar semanas,ou até alguns meses. Durante esse periodo vamos continuar a testar a vacina e usá-la para eliminar casos de ébola que ainda existam".
A doença já está controlada, apenas na Guiné-Conacri e na Serra Leoa têmaparecido casos pontuais.
Até ao momento a OMS registou quase 28 mil casos de ébola na África ocidental. A doença já causou mais de 11 mil mortes.