Economia

Taxa de desemprego não permite euforias mas é prova que a economia está a crescer

Pires de Lima Tiago Petinga/Lusa

Num comentário aos dados do desemprego, o ministro da Economia considerou que o mérito da criação de emprego é das empresas e do sector privado. Pires de Lima disse ver com tristeza as reações da oposição.

O ministro da Economia considera que os números do emprego hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística constituem "mais um sinal de esperança para os portugueses" e que a criação de emprego "é mérito dos empresários, não dos políticos".

A taxa de desemprego relativa ao segundo trimestre do ano fixou-se nos 11,9%, o valor mais baixo desde o final de 2010. Comentando os dados, Pires de Lima afirmou, esta quarta-feira em Lisboa, que "a economia portuguesa gerou 230 mil postos de trabalho líquidos ao longo dos últimos 30 meses", rejeitando que o mérito do que foi conseguido tenha sido dos políticos ou do governo. "O mérito desta criação de emprego é das empresas, é do sector privado", sublinhou.

Adianta o ministro que "não vale a pena olhar para estes dados com euforia, porque ela não é justificada", mas sublinha que uma taxa de desemprego de 11,9% "é muito melhor do que a que existia há um ano, de quase 14%" e "muito, muito melhor" do que o registado no primeiro semestre de há dois anos, quando a taxa de desemprego chegou a atingir uma taxa de quase 18% em Portugal.

Pires de Lima diz olhar "com alguma tristeza" para as reações da oposição política "por parecer muito incomodada e preocupada com a evolução dos bons indicadores económicos em Portugal". Acrescenta o ministro que "ao desqualificar a capacidade que as empresas privadas têm de investir, de criar riqueza e emprego, a oposição está a dizer todos os dias que não acredita nos portugueses".

As declarações do ministro da Economia foram feitas à margem da visita a três edifícios - um alojamento local e dois hotéis, um dos quais ainda em obras - cuja reabilitação foi co-financiada por fundos públicos, através do Fundo Jessica, entre o Bairro Alto e Alfama, no centro de Lisboa.