Economia

Setor empresarial do Estado agrava prejuízo em 5% no 1º trimestre de 2015

Metro de Lisboa Vítor Rios/Global Imagens

Segundo a Direção-Geral do Tesouro e Finanças, os prejuízos "decorrem maioritariamente dos setores da saúde e dos transportes e armazenagem, destacando-se o contributo da TAP e do Metropolitano de Lisboa".

Os prejuízos do setor empresarial do Estado aumentaram 5% no primeiro trimestre de 2015 face ao ano passado, devido sobretudo ao comportamento da TAP e do Metropolitano de Lisboa, divulgou a Direção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF).

"No primeiro trimestre de 2015 dá-se uma diminuição do resultado líquido das empresas públicas em 19 milhões de euros (5%) face ao verificado há um ano, assim como uma redução do nível de Endividamento destas em cerca de 718 milhões de euros (2%) face ao final de 2014", lê-se no boletim informativo sobre o setor empresarial do Estado divulgado na página da DGTF.

Segundo a DGTF este agravamento do resultado líquido negativo do setor empresarial do Estado "decorre maioritariamente dos setores da saúde e dos transportes e armazenagem, destacando-se o contributo da TAP e do Metropolitano de Lisboa".

No primeiro trimestre de 2015, as empresas do Estado apresentaram prejuízos de cerca de 378 milhões de euros, mais 19 milhões (5%) do que o resultado líquido negativo de 358,7 milhões de euros registados no período homólogo de 2014.

No setor da saúde, os prejuízos agravaram-se 41%, de 67,4 milhões nos primeiros três meses de 2014 para 95 milhões no mesmo período deste ano.

No setor dos transportes e armazenagem, o resultado líquido negativo aumentou 23,7 milhões de euros (10%) num ano, fixando-se em cerca de 266 milhões até março de 2015.

Aqui, a DGTF destaca a variação do Metropolitano de Lisboa, que viu os seus prejuízos passarem de 5 milhões de euros para 27,1 milhões (um agravamento de 433%), e da TAP, que atingiu um resultado líquido negativo de 106,3 milhões de euros nos primeiros três meses deste ano, mais 31,3 milhões (42%) do que o registado no mesmo período de 2014.

Sobre outros indicadores, a DGTF salienta "o acréscimo de 116 milhões de euros no volume de negócio" do setor empresarial do Estado, mas que foi acompanhado por "uma diminuição do EBITDA [resultados antes de impostos, juros, amortizações e depreciações" face ao primeiro trimestre de 2014 de 21 milhões de euros".

Esta deterioração do EBITDA ficou a dever-se, escreve a direção-geral, a um "aumento dos gastos operacionais na mesma percentagem do registado no volume de negócios (7%), que corresponde a um aumento de 131 milhões de euros".

A DGFT considera que esta subida nos gastos operacionais é essencialmente justificada pela ESTAMO, pela TAP, pela Empresa de Desenvolvimento de Infraestruturas do Alqueva (EDIA) e pelo no setor da saúde.