O líder do PS esteve em Portimão onde visitou o Festival da Sardinha. António Costa "chutou para canto" a polémica dos cartazes dizendo que mais importante do que as caras são os programas que os partidos anunciam. Costa também não falou de apoios do PS a candidatos presidenciais.
O secretário-geral do PS, António Costa, disse esta sexta-feira que nas eleições legislativas existem apenas duas escolhas: ou continuar com a austeridade ou apostar no crescimento e manutenção da saúde, da educação e da segurança social.
O candidato socialista a primeiro-ministro afirmou-se apostado na mobilização dos portugueses, com quem quer fazer "uma coligação" que dê maioria aos socialistas e que permita garantir bens essenciais para a coesão nacional e para a diminuição das desigualdades.
Para o líder socialista, a intenção de privatização de "bens essenciais" [como o Serviço Nacional de Saúde, Segurança Social e Educação] da coligação da direita "é uma enorme ameaça para todos e uma ameaça irracional do ponto de vista económico e do ponto de vista financeiro".
Em declarações aos jornalistas na véspera da Festa do Pontal, onde este ano discursarão Pedro Passos Coelho (PSD) e Paulo Portas (CDS), António Costa disse já não ter qualquer ilusão sobre a candidatura de direita. "Depois destes quatro anos, tudo aquilo que o primeiro-ministro e o seu acólito Paulo Portas possam dizer sobre o futuro já me convence pouco", comentou, referindo-se ao aumento de impostos e aos cortes nas pensões.
Apontando para os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) que indicam que a economia portuguesa cresceu 1,5% no segundo trimestre de 2015, face ao período homólogo, e registou um crescimento em cadeia de 0,4%, António Costa disse que os resultados até ficaram "aquém das próprias expectativas do Governo".
Sobre a polémica dos cartazes que envolveu o PS, António Costa nunca quis responder abertamente e optou antes por brincar com a questão dizendo que não nasceu para técnico de marketing.
António Costa foi ainda questionado pelos jornalistas sobre a possível candidatura presidencial de Maria de Belém.
"Fico satisfeito com a preocupação que vejo toda a gente ter sobre a unidade do PS, mas, quer dizer, se as eleições presidenciais fossem fator de divisão, o que é que haveríamos de dizer da direita", comentou.
António Costa garante que só vai pronunciar-se sobre o apoio socialista a candidatos presidenciais "no momento próprio" e que "não será fator de divisão".