Hoje é o Dia Mundial da Ajuda Humanitária. A data é recente e foi criada pelas Nações Unidas para lembrar o ataque contra o edifício da ONU em Bagdade, em 2003. Morreram 22 funcionários, entre os quais, o chefe da missão Sérgio Vieira de Mello.
Na última semana, o governo português aprovou um conjunto de documentos orientadores para coordenar a estratégia de resposta a situações de emergência. No topo do mecanismo está o Camões, Instituto da Língua e da Cooperação.
Na TSF, esta manhã, Ana Paula Laborinho, a presidente do Camões, explicou que a nova estratégia pretende evitar que ajudar seja um problema. Esta responsável diz que a descoordenação pode levar a que "as dificuldades impeçam a ajuda".
Ana Paulo Laborinho entende que a Estratégia Operacional de Ação Humanitária e de Emergência, aprovada pelo governo, permite coordenar meios entre instituições do Estado, mas também com parceiros privados e organizações não governamentais.
Mais cético está Fernando Nobre, o presidente da AMI - Assistência Médica Internacional. A organização portuguesa tem sido uma das mais ativas na resposta às maiores situações de emergência. Nobre diz que o Estado é ainda demasiado pesado e não consegue, em regra responder no tempo mais útil.
Quanto à coordenação de meios com Estado, diz Fernando Nobre que "a AMI não se vai subalternizar a decisões alheias". O presidente da AMI garante que a organização que lidera "sabe o que quer, como quer e como fazer".