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Participação nos Mundiais de Atletismo não foi brilhante mas teve "muitos bons resultados"

Filomena Costa

O balanço é feito pela Federação Portuguesa de Atletismo que lembra o lote de atletas que conseguiram garantir presença nos Jogos Olímpicos de 2016. Filomena Costa é uma dessas atletas. Foi a última atleta portuguesa a entrar em ação nos Mundiais e carimbou o passaporte para o Rio de Janeiro.

O presidente da Federação Portuguesa de Atletismo, Jorge Vieira, rejeita fazer um balanço negativo da prestação portuguesa no campeonato do mundo de atletismo, em Pequim, afirmando, pelo contrário, que Portugal teve "muitos bons resultados".

"Nós antecipamos sempre um balanço que tem estas componentes: atletas, treinadores e dirigentes frustrados; atletas, treinadores e dirigentes contentes e felizes. Aconteceu aqui de novo essa situação. Sobretudo na parte da felicidade", disse Jorge Vieira à agência Lusa.

Instado a avaliar o atual grupo de atletas, o dirigente federativo respondeu: "É este lote de atletas que irá estar no Rio daqui a um ano, portanto, importa apoiar estes atletas".

A onze meses dos Olímpicos no Brasil, Jorge Vieira diz que não se pode "fechar os olhos àqueles resultados que são menos bons": "Esta é a melhor simulação, a mais completa e perfeita, daquilo que vão ser os Jogos Olímpicos daqui a um ano".

"Aqueles que aqui conseguiram resultados menos bons, importa analisar. Tudo o que se passou antes ao nível da preparação, ao nível dos apoios, ao nível da própria competição, da adaptação a este ambiente, para que se projete o Rio2016 de uma forma mais positiva", explicou.

Uma das atletas que carimbou o passaporte para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro foi Filomena Costa. A atleta foi a última portuguesa a entrar em ação em Pequim, tendo terminado a participação na maratona feminina no 12º lugar, com o tempo de 2:31.40.

A prestação da atleta nas ruas de Pequim garantiu ainda a bolsa de preparação olímpica até ao Rio2016 (a que tinha valia só até fevereiro), e um reforço da "confiança" para o próximo ano.

No final da prova, a atleta confessou que este foi um resultado melhor que o esperado. Filomena Costa diz que o segredo foi muito trabalho, dedicação e calma durante a corrida.

A prova foi ganha por Mare Dibaba, de 25 anos, com o tempo de 2:27.35, dando à Etiópia o primeiro título mundial na categoria feminina, ao vencer ao 'sprint' a queniana Helah Kiprop (2:27.36).

Eunice Kirwa, do Bahrein, natural do Quénia naturalizada em 2013, conquistou a medalha de bronze, a quatro segundos, numa das chegadas mais renhidas na história dos Mundiais.