O PS alerta ainda para as promessas de Passos Coelho que são como a fábula infantil de "Pedro e o Lobo". Pelo Governo, o ministro da Segurança Social, diz que o desemprego está no bom caminho e garante que não houve qualquer alteração metodológica na contabilização dos dados.
Mário Centeno, candidato independente a deputado pelo PS e coordenador do cenário macroeconómico socialista, acredita que os números da emigração estão a camuflar os dados divulgados pelo INE sobre a taxa de desemprego que, recorde-se, caiu em julho para os 12,1 por cento.
A prova, diz Mário Centeno, está na quebra da população activa. "O problema com os números do desemprego é que eles têm de valer em conjunto com os números do emprego. Os processos emigratórios em curso em algumas economias, caso da portuguesa, levam a um encolhimento do mercado de trabalho, que se traduz numa redução da população ativa (pessoas com emprego e dispostas a trabalhar). Esse número não deixou de cair desde o primeiro trimestre de 2012, num total de 45 meses em queda", justificou.
O economista avisa ainda que é preciso ter atenção às promessas feitas por Pedro Passos Coelho.
O primeiro-ministro disse que é preciso pôr as contas em ordem e que o resto é uma história para crianças. Mário Centeno devolve a metáfora dizendo que as promessas do primeiro-ministro são como a fábula de Pedro e o Lobo.
No governo, o ministro da Segurança Social diz que a evolução do desemprego está no bom caminho. Mota Soares garante ainda que não houve qualquer alteração metodológica relativas ao desemprego.
"A única alteração que existiu foi passarmos a publicar, com clareza, as pessoas que estão em ações de formação profissional e qualificação. A imigração já existia em Portugal em 2011, em 2010, tal como continua a existir hoje", disse o governante.
"Mas hoje, felizmente, demos a volta do ponto de vista económico. Já não estamos em recessão, já não estamos num período em que o investimento caiu, em que a confiança caiu. Estamos exatamente ao contrário, com mais crescimento da economia, da confiança e, como se vê por estes dados, com mais postos de trabalho", adiantou.