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China vai reduzir em 300 mil o número de efetivos nas forças armadas

Para militar em Pequim Damir Sagolj/Reuters

Apesar desta redução, o exército chinês continua a ser o maior do mundo. Esta quinta-feira, no desfile comemorativo dos 70 anos da vitória aliada contra o Japão, a China apresentou a mais recente novidade no seu arsenal.

O presidente chinês anunciou esta quinta-feira o corte de 300 mil efectivos no contingente das forças armadas de Pequim que, ainda assim, continua a ser o maior contingente militar do mundo com dois milhões de soldados.

O exército chinês só tem, no entanto, um porta-aviões contra dez dos Estados Unidos. Daí o significado de ter sido ser apresentado na parada militar desta quinta-feira um míssil balístico naval, capaz de destruir, apenas com um tiro, um porta-aviões em alto mar.

O desfile desta manhã comemora os setenta anos da vitória aliada contra o Japão. Os 12.000 soldados chineses e o armamento de topo que desfilaram no centro de Pequim, em comemoração da vitória da China na II Guerra Mundial, parecem ter despertado na plateia um sentimento comum: orgulho.

"Sinto-me entusiasmado e orgulhoso. A China desempenhou um papel crucial na luta mundial contra o fascismo", disse à agência Lusa Zhensong, funcionário público de 40 anos residente em Pequim.

Zhensong fez parte de uma plateia restrita e constituída na maioria por veteranos de guerra, jornalistas e representantes dos 56 grupos étnicos chineses, visto que os acessos ao 'palco' do desfile estavam hoje cortados e eram alvo de vigilância apertada.

À medida que dezenas de novos mísseis balísticos rolavam na "Changan", a larga artéria que passa no topo norte da Praça Tiananmen, Zhen explicava: "Ao fim de 70 anos de desenvolvimento, a China poderá contribuir mais ativamente para a paz mundial".

As palavras coincidem com as do Presidente chinês, Xi Jinping, num discurso feito minutos antes: "Nós, os chineses, amamos a paz. Não importa o quão fortes nos tornemos, nunca vamos procurar a hegemonia ou expansão".

Acompanhado da mulher, Peng Liyuan, Xi Jinping recebeu 30 chefes de Estado nos jardins de Zhongnanhai, o Kremlin chinês, situado ao lado do antigo Palácio Imperial.

O último a saudar o líder chinês foi o Presidente russo Vladimir Putin, arrancando fortes aplausos entre o público.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, assim como o anterior chanceler alemão Gerhard Schroeder também estiveram presentes, numa lista marcada pela ausência de chefes de Estado das principais potências ocidentais.