Depois de dias à espera de um comboio que os levasse até à fronteira, muitos dos refugiados que esperavam na estação de Keleti, em Budapeste, decidiram partir numa longa caminhada.
As imagens mostram milhares de pessoas a atravessar a Hungria. Há quem lhe chame o "êxodo sírio". Caminham a pé, na berma da M1, uma das principais auto-estradas do país. Há famílias com crianças, algumas em carrinhos, com mochilas e sacos às costas que vão parando para descansar e retomar o fôlego para o caminho que ainda falta. Entre Budapeste e a fronteira com a Áustria são mais de 170 quilómetros.
Sairam da estação de Keleti, no centro da cidade de Budapeste, depois de dias à espera. Cansaram-se de esperar pelos comboios e decidiram avançar a pé. No Twitter, associações de direitos humanos e jornalistas vão relatando o que se passa. Dizem que sobrestimaram a situação e que o número de pessoas em marcha vai aumentando. Ao longo do caminho, cidadãos húngaros oferecem comida e água aos refugiados, num dia de muito calor.
Agora, já noite, a caminhada prossegue.
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Na Áustria, a população também está a reagir ao bloqueio do governo da Hungria. Um grupo no Facebook está a organizar uma viagem a Budapeste para levar os refugiados até Viena em carros particulares. Até agora, mais de 2 500 pessoas aderiram a esta ideia. A primeira coluna de automóveis para fazer o transporte deve partir no domingo de manhã.