O Prémio António Champalimaud de Visão 2015, no valor de um milhão de euros, foi atribuído a três instituições que trabalham em África no combate à cegueira e à pobreza e na promoção económica e social das populações.
O Kilimanjaro Centre for Community Opththalmology (KCCO), a Seva Foundation e a Seva Canada são os vencedores desta edição do maior prémio do mundo na área da visão e que é hoje entregue na fundação.
O projeto "reúne três áreas: combate à pobreza, combate à cegueira e promoção económica e social das populações através de programas de microcrédito e microfinanciamento".
"Estes programas de microcrédito abrem novas perspetivas e dão um novo sentido a atividades tradicionais, como o artesanato, pondo o resultado destas atividades ao serviço das populações e garantindo a estas comunidades esquecidas uma nova forma de vida e desenvolvimento sustentável", segundo a Fundação.
O Presidente da República elogiou "o trabalho humanitário admirável" dos vencedores do Prémio Champalimaud de Visão 2015 e sublinhou "o contributo ímpar" que, a partir de Portugal, este galardão tem dado para combater a cegueira no mundo inteiro.
"Felicito as três instituições premiadas: estou certo de que este prémio trará um inestimável progresso, efetivo e sustentável, ao tratamento de milhões de pessoas", afirmou o chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, na cerimónia de entrega do Prémio Champalimaud 2015.
Sublinhando o trabalho humanitário admirável, resultante da aliança entre os programas de ação para as comunidades elaborados pela SEVA e a capacidade da sua aplicação, desenvolvimento e expansão pelo Centro Oftalmológico sediado em Moshi, na Tanzânia, Cavaco Silva recordou que o lançamento do ambicioso plano global de ação "Visão 2020", da iniciativa da Organização Mundial da Saúde e da Agência Internacional para a Prevenção da Cegueira, foi o grande promotor desta prática de colaboração e de trabalho conjunto entre instituições de todo o mundo.
Na sua intervenção, o Presidente da República lembrou ainda que 90% da população mundial com problema de cegueira vive nos países em vias de desenvolvimento, enfatizando a relevância especial do Prémio Champalimaud, que apoia "iniciativas levadas a cabo junto dos que mais precisam, os seres humanos dos países menos desenvolvidos, aqueles a quem já chamaram os povos silenciosos do mundo".