Quase 3.500 pessoas assinaram a petição online que exige a criação de um banco de empréstimo ou partilha de livros escolares em cada escola e que será entregue ao Provedor da Justiça na próxima semana.
O movimento pela Reutilização de Livros Escolares recebeu mais de cem denúncias de pais. Eles acusam as escolas e os professores de incumprimento da legislação que defende que os manuais devem ser reutilizados pelo prazo de seis anos. Como resultado, viram-se obrigados a comprar manuais novos, porque os que tinham foram recusados.
Henrique Trigueiros Cunha, responsável do movimento, diz à TSF que o incumprimento da lei ocorre também porque as escolas falham com o que está previsto, ou seja, a criação de um sistema de empréstimo ou partilha de livros escolares acessível a todos os alunos.
Na próxima semana, o movimento vai apresentar uma queixa ao Provedor de Justiça "sustentada no reiterado incumprimento da lei e consubstanciado por centenas de denúncias e reclamações" de famílias que viveram casos em que os seus filhos foram impedidos de utilizar livros usados.
Apesar de tudo, há escolas onde a reutilização de manuais escolares é um sucesso . Em Oliveira de Azemeis, no Agrupamento de Escolas Ferreira de Castro, há mesmo uma bolsa de livros criada pelo estabelecimento escolar que possui manuais doados e outros que são adquiridos com ajuda estatal.
Ana Dionísio, a responsável por esta área, diz que todos os anos os professores da Ferreira de Castro alertam os alunos para a necessidade de preservar os livros para que possam ser usados mais do que uma vez. A professora acrescenta ainda que há cada vez mais famílias em busca desta solução.