Cultura

Teatro Académico Gil Vicente reentra em cena de "cara lavada"

Teatro Académico de Gil Vicente DR/Wikimedia Commons

Sente-se e assista na nova sala do TAGV - Teatro Académico Gil Vicente - a uma programação projetada na internacionalização.

Fechado desde 15 de julho, o principal palco de Coimbra reabre apostado na internacionalização do cartaz. Os cerca de 700 lugares da sala de espetáculos foram remodelados na totalidade, numa intervenção que custou 180 mil euros. Para mais tarde ficam obras como a automatização e rebaixamento do palco, que permitirá uma maior proximidade com público.

Com as obras, o TAGV pretende passar a ser paragem obrigatória das tournées que visitam Portugal. Mas, para isso, baixou o pano de cena por dois meses para agora abrir com 109 eventos até ao Natal. "É uma programação bastante intensa, na área do teatro, música, cinema, debates públicos, da dança. Uma programação ambiciosa, explica o diretor do espaço.

Fernando Matos de Oliveira garante que as obras no interior do Teatro serão para continuar ao longo do ano. Primeiro, o TAGV centrou-se no conforto do público, agora pretende focar-se nas melhores condições de trabalho para quem entra em cena e para presta assistência técnica.

Agora mais comodamente, em cadeiras novas, é convidativo sentar-se e assistir à apresentação das principais novidades da programação dos próximos três meses. O responsável destaca "o esforço que está a ser feito na internacionalização da programação, nomeadamente no teatro, com a presença de dois espetáculos da Mostra de Espanha, o projeto École de Maîtres, uma parceria que envolve cinco países europeus", e ainda ênfase para O Capital, uma encenação do croata Ivica Buljan "muito interessante para pensar a contemporaneidade".

A aposta na internacionalização estende-se ainda ao cinema. "Destaque para a reposição de cópias restauradas de Jacques Tati e a edição deste ano da Festa do Cinema Francês". Pelo palco da música vão passar nomes como Mancines, Brigada Victor Jara, Camané, Pensão Flor, Márcia, Sérgio Godinho".

Internacionalizar a programação do TAGV e posicionar Coimbra na rede de espetáculos de criação contemporânea, alargando os públicos do teatro e cruzando gerações torna-se agora mais fácil com a nova sala.