Jerónimo de Sousa voltou a criticar, esta noite, em Famalicão, Cavaco Silva por defender uma maioria absoluta ou uma solução de consenso em nome da estabilidade do país.
O líder do PCP lembrou o tempo em que o atual Presidente da República governou com maioria absoluta e que "só serviu para desestabilizar a vida dos portugueses".
Jerónimo de Sousa foi ao passado de Cavaco para tentar contrariar o que o atual PR tem defendido: uma maioria absoluta em nome da estabilidade governativa.
No comício que encerrou a jornada de campanha, em Famalicão, a coligação PSD/PP também esteve na mira do líder do PCP. ""Neste balanço dramático que podemos fazer destes quatro anos - e há quem não queira que falemos disto - lá estão eles a criticar, a dizer mal. Pois, é, camaradas, é que se não criticarmos, se não denunciarmos, se não trouxermos à memória dos portugueses aquilo que eles fizeram, é vê-los a tentar limpar a folha, a apresentarem-se lavadinhos por cima e por baixo, como se não tivessem nada a ver com aquilo que está a acontecer no nosso país", disse.
O PS também não escapou às críticas. "Esta discussão entre os dois [coligação Portugal à Frente e PS], a ver quem consegue fazer pior, só exige uma solução: nem um nem outro merecem governar o país porque as suas propostas são para atingir os mesmos dos costume, os reformados, os que menos têm e menos podem e precisam de proteção social", acusou Jerónimo de Sousa, referindo-se às medidas relativas à segurança social.
Jerónimo recusa qualquer acordo com os socialistas e diz-se pronto para assumir todas as responsabilidades, até Governar.