Educação

Um início de ano letivo "anormalmente" positivo

Arquivo/ Global Imagens

A Fenprof afirmou que este é o ano escolar "mais tardio do século XXI". No Fórum TSF, Filinto Lima, da Associação dos Diretores de Agrupamentos de Escolas Públicas, disse que para já o início do ano letivo não podia estar a correr melhor.

"Este ano está ser um arranque anormalmente positivo. Estamos a recolher os frutos de uma preparação que foi atempada por parte do ministério da educação, o que nem sempre aconteceu, afirmou."

Esta segunda-feira, a TSF procura respostas para a pergunta: qual a medida prioritária dos partidos para combater o insucesso e o abandono escolar? Convidado do Fórum, Filinto Lima diz que o ano letivo não podia estar a correr melhor, mas pede alguma cautela.

Também Lucinda Dâmaso, da Federação Nacional de Educação, diz que para já não há nada de grave a assinalar. "Ainda é muito cedo, mas achamos que a maior parte dos alunos vai ter os seus professores e a maior parte dos alunos estão colocados. Esperamos que apesar de ter arrancado tarde, o ano comece com serenidade."

Já Mário Nogueira, da Federação Nacional de Professores diz que "pior do que o ano passado era impossível. Agora uma coisa são as escolas terem as portas abertas e outra é perceber o que se passa nas escolas. Agora é que se vai ser se os alunos que estão nas escolas têm aulas, professores, funcionários e atividades que não se desenvolvem porque não têm funcionários".

No ano passado, os atrasos na colocação de docentes fizeram com que milhares de alunos ficassem mais de um mês sem professores. Este ano, esses casos são pontuais, segundo uma ronda feita pela Lusa a várias escolas do país.

Ao início da tarde, Pedro Passos Coelho quis salientar o que considerou ser "a normalidade" com que arrancou o ano escolar, sem "dramas com a colocação dos professores" ou a constituição de turmas.

"Queria notar, em primeiro lugar, a normalidade com que felizmente o ano escolar arrancou, sendo que muitas escolas começaram dentro daquilo que era o calendário natural, outras optaram por abrir as portas três dias mais tarde - se descontarmos o fim de semana -, do que era habitual", afirmou o presidente do PSD.

Passos fez um balanço muito positivo da ação do Governo na área da educação, considerando que, "nestes anos", o sistema educativo "melhorou significativamente", ilustrando com dados como a diminuição do abandono escolar precoce de 28% para 17%, a introdução dos 12 anos de escolaridade obrigatória, a integração de 4 mil professores no quadro ou a aposta no "ensino vocacional", com 10 mil empresas a formarem alunos do secundário.

Apesar do balanço, o líder social-democrata não respondeu se reconduz Nuno Crato na pasta da Educação caso vença as eleições, como tem respondido em relação a outros ministros.