Pedro Passos Coelho anunciou esta segunda-feira um pagamento antecipado aos credores internacionais, desta vez no valor de 5.400 milhões de euros.
Depois de o país ter pagado antecipadamente ao Fundo Monetário Internacional (FMI) 6.600 milhões de euros em março e quase 1.900 milhões de euros em junho, o primeiro-ministro e candidato da coligação anuncia um novo cheque com data de 15 de outubro.
"Vamos em outubro, dia 15, pagar mais de 5.400 milhões de euros dos 78 mil milhões que nos emprestaram há três anos", afirmou.
Este valor supera os 2,2 mil milhões de euros que estavam previstos pagar até ao final do ano. No total, o Governo vai reembolsar 13,83 mil milhões de euros ao FMI. O objetivo inicial do Executivo era reembolsar um total de 10,6 mil milhões de euros este ano.
Antes deste anúncio e num comentário à notícia desta segunda-feira publicada pelo Diário de Notícias, a presidente do Conselho de Finanças Públicas, Teodora Cardoso, considerou "claramente vantajoso" que Portugal antecipe o pagamento das tranches do empréstimo à troika, porque "é uma dívida cara" e porque mostra a "capacidade" do país.
"Acho que se houver possibilidades para isso é claramente vantajoso. Por um lado porque é bom, em termos de imagem, mostrarmos a nossa capacidade de pagar isso, mas mais substancialmente porque é uma dívida cara", afirmou Teodora Cardoso, em Braga, à margem de um seminário na Universidade do Minho.