A campanha da CDU desfilou, esta tarde, pela rua Morais Soares, em Lisboa, um zona onde encontram fixados muitos imigrantes e onde se falou da situação dos refugiados. O líder do PCP defende uma "resposta rápida para dar dignidade a quem está a fugir da morte" e que Portugal deve agir à medida das suas possibilidades.
"Temos que fazer com os refugiados aquilo que é possível tendo em conta a própria condição económica e social que temos no nosso país mas isso não deve invalidar que mantenhamos esta tradição democrática de há muitos anos, para não dizer séculos, de receber e tratar esses cidadãos", afirmou.
4500 é o número estabelecido para Portugal. Jerónimo de Sousa não diz se é muito ou pouco, defende é que deveria ter sido oo Governo português a decidir. "Deveria ser o Governo português e não qualquer entidade estrangeira a definir critérios, números e quantidades. Eles não conhecem a nossa realidade", sustenta.
Pelas contas da CDU o desfile contou com cerca de duas mil pessoas, um número que o candidato comunista considera expressivo do crescimento da Coligação Democrática Unitária. De resto, a notícia de hoje do aumento do défice para 7,2% por causa do Novo Banco veio dar força aos argumentos da CDU. "Os sacrifícios dos últimos quatro anos que impuseram aos portugueses não serviram para nada", conclui Jerónimo, temendo que a história se repita na próxima legislatura.
"A minha inquietação é que o próximo Governo encontre como solução uma dose a dobrar de austeridade, de exploração e de empobrecimento, tendo em conta que o défice e a dívida continuarão a subir. A resposta mais fácil é aquela que os sucessivos Governos têm seguido e que é tirar a quem trabalha ou quem trabalhou", disse.