Música

Diana Krall está de regresso a Lisboa

Muhammad Hamed/ Reuters

Num concerto integrado na digressão mundial de "Wallflower" (o novo disco), a Meo Arena recebe Diana Krall, que se propõe levar a palco temas do passado, canções do mais recente registo discográfico e outras que vão fazer parte duma reedição prevista para breve.

São vinte, os anos de carreira da pianista e cantora Diana Krall, a canadiana que é um dos nomes maiores do Jazz no feminino dos nossos dias.

Quinze milhões de discos vendidos, cinco Grammy"s na estante lá de casa e um estatuto que lhe dá o direito (por mérito próprio) de fazer o que lhe dá na real gana, levaram Diana Krall ao novo disco - "Wallflower" (que foi uma aposta TSF) - onde revisita temas que lhe marcaram a adolescência, todos eles das áreas da Pop e da Folk, e aos quais deu aquele toque jazzy que lhe está no sangue.

Editado no início deste ano, depois de vários adiamentos devidos a motivos de saúde, "Wallflower" (com o título baseado num tema de Bob Dylan) leva-nos, através de versões, aos gostos pessoais de uma cantora e pianista de Jazz que, ficámos a saber, são tão ecléticos que vão do já citado Sr. Zimmerman aos titulados "Sir" Elton John ("Sorry Seems To Be The Hardest Word") ou Paul McCartney ("I"ll Take You Home Tonight", feito propositadamente para este CD), passando pelos californianos Mamas and Papas ("California Dreamin") e Eagles ("Desperado), aos 10 cc ("I"m Not In Love), a Randy Newman ("Feels Like Home") ou a Jim Croce ("Operator), para não ser exaustivo nas referências.

Mas como se os 12 temas da edição inicial de "Wallflower" não bastassem, Diana Krall vai reeditar muito em breve este CD com a mais valia de dois temas gravados "ao vivo" em Paris (durante a presente digressão) e quatro novas canções: "A Case Of You" (de Joni Mitchell), "If You Could Read My Mind" (de Gordon Lightfoot), "Everybody's Talkin'" (original de Fred Neil em 1966, mais tarde cantado por Harry Nilsson e parte da BSO do filme "O Cowboy da Meia Noite) e, ainda, "Heart Of Gold" (de Neil Young). E embora Diana Krall afirme que, do novo álbum (já editado) serão só seis ou sete os temas a levar ao palco da Meo Arena, não fica posta de parte a hipótese das novas canções que vão integrar a reedição de "Wallflower" passarem também pelo Parque das Nações, podendo dizer-se o mesmo em relação a temas incontornáveis das duas décadas de carreira da canadiana.

Seja o que for, a verdade é que, independentemente do alinhamento (que a cantora e pianista afirma "vai ser feito em função do que o público quiser") uma noite com Diana Krall é algo de inesquecível.