O Governo não desiste da alternativa do Montijo como complemento à Portela, como aeroporto de apoio a Lisboa, e o secretário de Estado dos Transportes espera que esta ideia não caia, mesmo se o Partido Socialista vencer as eleições.
Para Sérgio Monteiro, "a melhor solução para a zona de Lisboa é manter a Portela onde está durante a vida da concessão e em conjunto encontrar uma alternativa que adicione capacidade à Portela e a melhor solução é o Montijo".
Sérgio Monteiro fala num consenso alargado à volta desta solução, apesar das críticas das operadoras de low cost que não aceitam a maior distância de Lisboa para o Montijo em comparação com a Portela, operadores que levantaram a possibilidade das taxas no Montijo serem mais altas do em Lisboa, mas o Governo afasta esta possibilidade até porque o contrato de concessão, válido por 50 anos, é público e lá estão expressos os valores das taxas a cobrar às companhias aéreas.
Ou seja, "está definido que para um aeroporto complementar ele não poderá ultrapassar as taxas do grupo de Lisboa, onde o aeroporto relevante é a Portela", adianta o secretário de Estado dos Transportes.
Mas a expectativa é que o Montijo possa vir a ter taxas mais baixas do que a Portela "porque dessa forma irá atrair mais voos de companhias low cost e cumprir a sua função de dinamizar o tráfego de pessoas porque isso é bom para o turismo e para a recuperação da nossa economia", conclui Sérgio Monteiro.
O secretário de Estado dos Transportes diz assim que a Portela é um ativo a preservar e por isso um novo aeroporto de raiz seria um elefante branco.