O líder da CDU, Jerónimo de Sousa, admitiu hoje, em Lagos, a existência de contatos com o Partido Socialista, mas negou que haja "um processo de negociações esmiuçado" para um eventual acordo pós-eleitoral e volta a dizer que para "um governo de esquerda são precisos partidos de esquerda".
"Contactos informais e até formais têm existido sempre. Não estamos de relações cortadas mas não há não há aqui nenhum processo de negociação esmiuçado. Nunca fugiremos a um diálogo sincero que procure soluções para o país mas sempre dentro destes parâmetros. Ninguém entenderia que andassemos na rua a garantir uma política que entendemos fundamental e depois, por razões exclusivas de poder, abdicássemos desse capital", disse.
Durante uma arruada pelas ruas de Lagos, Jerónimo de Sousa foi abordando por vários eleitores descontentes e com apelos a uma esquerda unida para a criação de um "Governo de esquerda. É disso que o país precisa".
Para o candidato comunista, um cenário de maioria absoluta está cada vez mais distante. "Tanto o PS como a coligação PSD/PP já deixaram cair a maioria absoluta, agora estão a tentar disputar o empate técnico", acrescentou, mostrando-se confiante num crescimento da CDU nas eleições de 4 de outubro.