Legislativas 2015

"Sem maioria", Portugal arrisca governo "cozinhado nas costas do povo"

Miguel A. Lopes/ Lusa

Marques Mendes apelou, na noite desta terça-feira, em Coimbra, ao voto na coligação PSD/CDS e defendeu que Portugal "precisa de uma maioria" porque "não vive tempo de aventuras".

Ao décimo dia, a campanha da coligação contou pela primeira vez com um dos notáveis do PSD. Num jantar comício no pavilhão multidesportos da cidade dos estudantes, o antigo líder social-democrata apresentou várias razões que justificam o voto na direita nas eleições legislativas.

Para Mendes o que está em causa é "a escolha entre a prudência e o risco, entre a segurança e a aventura, entre o certo e o incerto, entre o conhecido ou o salto no escuro e no desconhecido, entre a estabilidade e a aventura". O antigo presidente do PSD enumerou ainda os riscos de não ser eleita uma maioria parlamentar.

"Sem uma maioria, há o risco de o governo eleito pelo povo ser derrubado pelo parlamento", de "não conseguir aprovar o seu orçamento" e "ser bloqueado na Assembleia da República", sublinhou, garantindo que "sem uma maioria há o risco de o governo eleito a 4 de outubro ser substituído nos dias seguintes por um governo cozinhado nas costas do povo". O comentador televisivo disse ainda existir "o risco sério" de o país voltar a ter eleições "daqui a 9 meses ou um ano".

A presença de Marques Mendes ao lado de Passos e Portas não teve honras de aviso prévio, mas foi até agora o apoio mais forte na campanha da coligação PSD/CDS.