Paulo Portas acusou António Costa de ter "sequestrado o voto dos portugueses" ao negociar um governo de esquerda. Líder do CDS diz que a coligação "ainda não recebeu uma linha" da contraproposta que o PS ficou de apresentar.
Para o líder do CDS, Costa "não tem bem a noção do sentimento que está a gerar na sociedade portuguesa". "Não são apenas os dois milhões e cem mil portugueses que votaram na coligação que têm neste momento o sentimento de que há uma operação em curso para sequestrar o seu voto", defendeu Portas, acrescentando que "há também muitos portugueses que não votaram na coligação, mas que são democratas, sabem que a democracia tem regras e que não querem ruturas".
No final de um encontro que juntou alguns responsáveis da coligação PSD/CDS e o presidente da CIP, em Lisboa, Paulo Portas defendeu que António Costa não está a reconhecer a derrota "com dignidade" e avisou: pôr a governabilidade do país nas mºaos de acordos precários com o PCP ou com o Bloco de Esquerda não fará certamente bem à confiança em Portugal, à estabilidade de que a economia precisa, ao investimento e à criação de emprego".
"O interesse nacional é mais importante do que qualquer manual de sobrevivência partidária", concluiu.