Política

Portas admite deixar de ser número 2 do governo

Mário Cruz / Lusa

Numa entrevista à TVI, o líder do CDS disse ter ainda uma "reserva de esperança" que o PS "caia em si".

O presidente do CDS manifestou-se esta segunda-feira disponível para deixar de ser o número dois do Governo num executivo que integrasse PSD, PS e CDS, e argumentou que há um "risco democrático" de que governe quem perdeu as eleições.

"Se eu tivesse de deixar de ser o número dois nesse governo, deixaria", afirmou Paulo Portas, considerando que é "no perímetro" dos partidos que respeitam a União Europeia, o euro e a Aliança Atlântica que devem ser encontrados compromissos, excluindo PCP e BE.

Sobre o arrastar das negociações com os socialistas e das conversas do PS com comunistas e bloquistas para formar governo à esquerda, Portas argumentou que "o interesse nacional é muito diferente de um manual de sobrevivência partidária. O que está em causa é se o país tem um Governo. E se o Governo é coerente. E se essa coerência ajuda o país a atrair investimento e a criar emprego".

Numa entrevista à TVI, o também vice-primeiro-ministro acusou o secretário-geral do PS, António Costa, de falta de humildade e alegou existir "um risco democrático" de que governe quem não ganhou as eleições.