O antigo secretário-geral do PS, Eduardo Ferro Rodrigues afirma estar disponível para a ser candidato à presidência da Assembleia da República. Mas também admite participar num governo de esquerda.
"Nestas alturas, fica-se sempre dividido entre fazer parte da história de uma forma ou de outra, mas acho que das duas formas se poder fazer parte da história", disse Ferro Rodrigues à saída da conferência de líderes parlamentares quando questionado sobre a possibilidade de integrar governo ou candidatar-se à presidência da Assembleia da República .
Ferro Rodrigues lembra que "há muito tempo" manifestou estar disponível para ocupar o cargo ainda ocupado por Assunção Esteves.
"Amanhã haverá reuniões do grupo parlamentar do PS, da Comissão Política do PS e será aí que as decisões serão tomadas democraticamente. Portanto, não me quero adiantar, quem tem de fazer as propostas é o secretário-geral do PS, António Costa", adiantou o atual líder parlamentar do PS.
As candidaturas para Presidente da Assembleia da República devem ser subscritas por um mínimo de um décimo e um máximo de um quinto do número de deputados, que no total são 230, estabelece o Regimento do parlamento.
As candidaturas são apresentadas ao presidente do parlamento em exercício até duas horas antes do momento da eleição, que tem lugar na primeira reunião plenária da legislatura.
"É eleito presidente da Assembleia o candidato que obtiver a maioria absoluta dos votos dos deputados em efetividade de funções. Se nenhum dos candidatos obtiver esse número de votos, procede-se imediatamente a segundo sufrágio, ao qual concorrem apenas os dois candidatos mais votados que não tenham retirado a candidatura", refere ainda o Regimento da Assembleia da República.
Se nenhum candidato for eleito, o Regimento da Assembleia da República acrescenta que é reaberto o processo eleitoral.