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EUA suspendem militares por causa do ataque a hospital do Afeganistão

Massoud Hossaini/Pool/Reuters

Uma investigação interna do Pentágono concluiu que o ataque ao hospital dos Médicos Sem Fronteiras, em Kunduz, a 3 de outubro, foi "um erro trágico".

O comandante militar norte-americano no Afeganistão confirmou que vários elementos das Forças Armadas foram suspensos por suspeitas de más práticas no caso do bombardeamento a um hospital dos Médicos Sem Fronteiras, em Kunduz.

O general Campbell leu uma declaração onde considera o bombardeamento "trágico" e "uma sucessão de erros humanos evitáveis". O responsável deu como uma das justificações o cansaço dos elementos das forças especiais, que combateram durante vários dias sem descanso.

Na altura, estava em curso uma resposta das tropas afegãs e internacionais contra os talibans que tinham ocupado vários edifícios públicos na cidade do norte do Afeganistão. O ataque durou várias horas, com recurso a aviões AC-130.

O hospital acabou por ser atingido e 30 pessoas morreram. Os Médicos Sem Fronteiras denunciaram logo no dia do ataque que as forças internacionais sabiam da localização exata do edifício.

A organização não-governamental diz agora que esta investigação dos Estados Unidos revela um "assustador catálogo de erros" cometido pelos militares, que "ilustra a negligência grosseira praticada pelas forças militares dos Estados Unidos e a violação das regras da guerra".