Desporto

Mourinho sai "pela primeira vez, contra vontade"

John Sibley/Reuters

O Chelsea disse que a separação entre o clube e o treinador português foi por mútuo acordo. José Mourinho tem uma versão diferente.

Num comunicado emitido pela agência norte-americana que representa os seus interesses comerciais, o treinador português afirma que "o seu despedimento por Roman Abramovich, na quinta-feira, foi a primeira vez que alguém lhe pediu para deixar um clube contra a sua vontade".

Mourinho faz saber que "durante a carreira, escolheu algumas vezes, abandonar os clubes" por onde passou, mas "apenas no Chelsea foi o clube a decidir que seria ele a sair". Na declaração em que anunciou a saída do técnico português, os "Blues" falavam em separação por "consentimento mútuo".

Dois dias depois, Mourinho salienta que "de cada vez, termina um ciclo e surge a oportunidade de um novo", prossegue o texto. O português espera que "o seu futuro, depois do Chelsea, seja tão bem sucedido como quando deixou o clube, em 2007".

Sobre os últimos anos no comando técnico dos "Blues", José Mourinho confessa-se "satisfeito", porque "teve a oportunidade de dar aos adeptos mais um título" de campeões, que lhes escapava havia alguns anos.

Diz-se "imensamente orgulhoso dos oito troféus que conquistou no Chelsea e agradece aos adeptos por todo o apoio lhe deram.

"Desincentivar a especulação"

Através dos seus representantes em Los Angeles, José Mourinho faz saber que vai continuar a viver em Londres e pede privacidade para si e para a família, sublinhando que não vai prestar qualquer declaração no futuro próximo.

Um futuro que será ativo. Mourinho sublinha que não vai tirar qualquer "licença sabática. Não está cansado, não precisa, está muito positivo e já está a olhar para o futuro".

"Porque ama o futebol, José Mourinho continuará a ser visto nos estádios, a trabalhar e a apoiar os amigos". Mas será uma presença que se promete discreta. O comunicado assegura que o técnico português não vai estar presente em "jogos importantes, porque quer desincentivar a especulação sobre o seu futuro".