Marcelo Rebelo de Sousa defendeu hoje que caberá ao sucessor de Cavaco Silva "unir o país". Um desafio grande, numa altura em que o contexto europeu é distinto e Portugal vive novas dificuldades.
Durante um almoço-debate promovido pela Câmara de Comércio Luso-Francesa, em Lisboa, o candidato presidencial sublinhou que com o país político "dividido em dois" e ainda a recuperar da crise, cabe ao próximo presidente "reforçar a coesão social", garantir governabilidade "para quatro anos" e "recriar consensos" com todas as forças políticas.
Para o candidato, que reitera continuar "a acreditar na Europa, na integração de Portugal no euro e na Aliança Atlântica", o desafio é grande.
"Será possível partilhar um regime de consenso alargado no quadro europeu, da Europa e da pertença ao Euro", questionou, acrescentando que "este é um grande desafio para o presidente da República".
Uma missão que, garante Marcelo Rebelo de Sousa, é possível, sobretudo numas eleições presidenciais em que os dez candidatos não questionam "o essencial do que tem sido o conjunto de compromissos internacionais de Portugal, nem o retrato dos poderes e da missão do Presidente da República".