O PSD denunciou mais de 150 nomeações para o Estado em 40 dias de governo socialista. O PS acusou o anterior executivo de ter "partidarizado" a administração pública.
Social-democratas e centristas acusam o novo governo de não publicar online as nomeações e de ter exonerado "todos" os dirigentes de topo do Instituto do Emprego e da Formação Profissional (IEFP). O PS diz que o IEFP promoveu a "precarização" e o "malabarismo estatístico", o Bloco de Esquerda diz que a exoneração foi "um serviço ao país".
A abrir o debate desta tarde no parlamento, Hugo Soares, vice-presidente da bancada do PSD acusou o Governo de ter feito 154 nomeações em 41 dias, sem as publicitar na página eletrónica, como fazia o anterior executivo, considerando que o executivo de António Costa "não tem pudor a nomear" mas sim "vergonha em divulgar".
Na resposta, João Galamba , vice-presidente da bancada do PS aconselhou Hugo Soares a não se armar "em virgem" e acusou o anterior executivo PSD/CDS de ter "partidarizado" a administração pública.
Por parte do Bloco de Esquerda, o líder parlamentar Pedro Filipe Soares, considerou "um serviço ao país" a exoneração de quem no IEFP promoveu os "recibos verdes e da precarização".
Já o deputado comunista António Filipe ironizou que ouvir o PSD falar de nomeações é como "falar de corda em casa de enforcado". O deputado do PCP referiu a "contratação milionária" de Sérgio Monteiro para vender o Novo Banco e as 100 nomeações feitas pelo anterior executivo, no dia em que António Costa foi chamado a formar Governo.
Pelo CDS, Cecília Meireles, vice-presidente da bancada centrista, quis saber se o governo tenciona manter a Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CRESAP) e se vai manter a publicação das nomeações no portal do Governo. Perguntas que ficaram sem resposta.