Sociedade

Coimbra a ver estrelas com novo Planetário

Fernando Fontes/Global Imagens

Esta sexta-feira o país ganha mais um Planetário. É o primeiro do centro do país e foi criado numa das cinco cúpulas astronómicas do Observatório da Universidade de Coimbra.

A cúpula vai ser inaugurada, depois da restauração de que foi alvo, orçada em 700 mil euros. Será batizada com o nome Fundação Calouste Gulbenkian porque, tanto a cúpula como o telescópio, foram recuperados através do programa Mais Centro do QREN, cofinanciado com fundos da Fundação Calouste Gulbenkian e ainda da Universidade de Coimbra.

A inauguração da cúpula e do Planetário fazem parte de uma ação integrada denominada "Um Universo de Estrelas".

João Fernandes, astrónomo e professor na Universidade de Coimbra roda a cúpula astronómica e orienta-a para o local com melhor visibilidade, para que se possa abrir e possibilitar novas observações. Estava desativada há mais de 30 anos.

O telescópio antigo foi para o museu enquanto o atual volta a permitir ver o céu à noite para além do que está a "olho nu". "Faltava um local onde as pessoas pudessem vir fazer observações à noite, porque o Observatório tem tradição, desde sempre, de observação do sol", afirma. João Fernandes, astrónomo e professor na UC, quer que a cúpula astronómica fique disponível para a população em geral, mas não esconde que será uma mais-valia para o mundo académico.

Ali ao lado, outra das cinco cúpulas do observatório de Coimbra foi selada e transformada em planetário, o primeiro do centro do país, que vai permitir "projetar o céu noturno e podemos projetar filmes em cinema imersivo dando-nos a sensação que estamos no espaço", explica Nuno Peixinho, do Observatório.

E se na cidade dificilmente se vê a estrela polar por causa da luz, no campo pode ficar-se a ver estrelas a mais. "É muito frequente que as pessoas não consigam reconhecer as constelações quando se veem demasiadas estrelas. Aqui, no Planetário, vamos trazer o céu da noite às pessoas", e com explicações.

Com capacidade para trinta pessoas de cabeça no ar poderem assistir às sessões do planetário e identificar as diferentes constelações, saber que planeta brilha mais, mesmo não sendo uma estrela e verificar que o céu no hemisfério sul tem manchas que não estão no hemisfério norte.

O projeto de recuperação durou cinco anos e foi coordenado pelo Departamento de Matemática da Universidade de Coimbra. A cerimónia de inauguração é às 16:00 e tem o nome de "Um Universo de Estrelas". As visitas podem ser agendadas pelo contacto com o Observatório, através da página oficial na Internet.