Presidenciais 2016

"O Estado tem sido incapaz de combater a desigualdade territorial"

Jorge Amaral / Global Imagens

No segundo dia de campanha, Maria de Belém acusa os que dizem não precisar dos partidos, mas que se aproximam depois para ganhar eleições. Diz que as suas opções são claras e que sente estar bem rodeada de autarcas e deputados socialistas, ainda que a sua candidatura seja independente.

A igualdade territorial será assunto para colocar em cima da mesa da presidência da República, caso Maria de Belém venha a ser eleita. A candidata assume-se como uma combatente das desigualdades sociais e inclui a desigualdade territorial no elenco.

O Estado não tem sido capaz de diminuir as desigualdades territoriais. Por isso, Maria de Belém garante que tudo fará para que tal aconteça. "E porque é que não há de o presidente da República ter um discurso forte, uma magistratura de influência, no sentido que essas desigualdades sejam progressivamente resolvidas?", questionou.

Maria de Belém apelou à igualdade de portugueses do litoral e do interior. "Tendemos a tratar soberanamente aqueles que consideramos mais fracos, num país que tendemos a tratar com arrogância aqueles que parece que não têm os mesmos direitos que nós a desenvolver determinadas causas cívicas".

Em Beja, a candidata entrou no folclore da política e aproveitou para deixar o recado. A candidatura não é partidária, mas Maria de Belém afirma que se sente bem rodeada de socialistas.

"O facto de não ser uma candidatura partidária não significa que seja o momento para dizer mal dos partidos, para dizer que os partidos são geradores de intriga e que precisam de alguém de fora dos partidos para os reabilitar, mas quando chega a altura de ganhar eleições os partidos já são necessários", avança.

Uma estratégia errada no entender de Maria de Belém, que se assume defensora de grandes causas, sendo que a desigualdade de desenvolvimento territorial é apenas um exemplo.