Os manifestantes contestam o estado de emergência decretado depois dos atentados de 13 de novembro e uma nova lei que permite retirar a cidadania francesa a culpados de terrorismo.
O protesto ocorreu em várias cidades francesas. Milhares de pessoas saíram á rua para responder ao apelo de um coletivo de organizações não-governamentais, incluindo a Liga dos Direitos Humanos e vários sindicatos, que exigiram o levantamento imediato do estado de emergência e o abandono de um projeto-lei que prevê a retirada da cidadania francesa a pessoas condenadas por atividades terroristas.
Para as organizações não-governamentais, as medidas "colidem e prejudicam as liberdades em nome de uma hipotética segurança".
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O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, assegurou na quarta-feira que o estado de emergência, que o executivo de Paris deseja prolongar até finais de maio, irá ser "necessariamente limitado no tempo".
Em declarações à estação pública britânica BBC, Valls disse que, através dos termos do estado de emergência, a França "poderá utilizar todos os meios" contra o terrorismo e até à derrota final do grupo extremista Estado Islâmico (EI).
Para algumas vozes da sociedade francesa, estas declarações de Valls revelam uma eventual intenção de prolongar o estado de emergência por anos.