Os dados são do Observatório Sírio dos Direitos Humanos, que adianta que pelo menos 100 são civis.
Desde o início da última ofensiva militar em Alepo, no início de fevereiro, pelo menos 500 pessoas morreram. De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, destas vítimas mortais, pelo menos 100 serão civis.
O exército sírio, apoiado pela força aérea russa, retomou os ataques na região há menos de duas semanas, numa tentativa de recuperar o controlo da cidade.
Junto à Turquia mais de 45 mil sírios, a maioria fugidos de Alepo, esperam desde sexta-feira pela abertura das fronteiras para chegar à cidade de Kilis.
Esta terça-feira, as Nações Unidas apelaram à Turquia para que deixe entrar os sírios milhares de sírios que fogem da ofensiva militar em Alepo e pede também à Rússia que pare com os bombardeamentos naquela região.
O Gabinete de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU alerta que pelo menos 300 mil civis podem ficar privados de comida e de ajuda humanitária se a ofensiva governamental cercar os rebeldes na cidade síria. As Nações Unidas estimam ainda que o afluxo de refugiados pode aumentar em cerca de 100 a 150 mil pessoas.
Na segunda-feira, o vice-primeiro-ministro da Turquia disse que o país teme que os combates em curso na cidade síria de Alepo possam causar um novo afluxo de 600 mil refugiados nas suas fronteiras. "O pior cenário que poderá acontecer nesta região a curto prazo será um novo afluxo de 600 mil refugiados na fronteira com a Turquia", disse Numan Kurtulmus à imprensa.
"O nosso objetivo é manter essa onda de migrantes para além da fronteira da Turquia, proporcionando-lhes os serviços necessários", disse também o vice-primeiro-ministro. As autoridades turcas têm reiterado que a sua política de "porta aberta" continua inalterada e que estavam prontos, se necessários, para acolher a nova onda de refugiados.
A Turquia, que já recebeu 2,7 milhões de sírios, advertiu, contudo, que não vai aguentar sozinha o "fardo" da hospedagem dos refugiados.