Mundo

Presidente da AG da ONU diz que Guterres é "um bom candidato"

Fábio Poço/Global Imagens

Mogens Lykketoft afirmou que há consenso de que "as competências devem ser o principal critério (na escolha do secretário-geral), mas também há outras considerações sobre o género e proveniência geográfica".

O presidente da Assembleia-geral das Nações Unidas considerou esta terça-feira que António Guterres "é um bom candidato" ao cargo de secretário-geral da ONU e lembrou que, além das "competências", também conta o género e a proveniência geográfica nesta eleição.

"Eu não posso prever o desfecho, mas acho muito empolgante" o processo que junta "bons candidatos", acrescentou.

A 22 de janeiro, o primeiro-ministro, António Costa, anunciou através do jornal Público que o Governo do PS iria apresentar oficialmente, em fevereiro, a candidatura de António Guterres a secretário-geral da Nações Unidas.

No mesmo dia, o Ministério dos Negócios Estrangeiros emitiu um comunicado confirmando essa decisão, esperando-se que a apresentação oficial decorra ainda durante este mês.

Mogens Lykketoft caracterizou António Guterres como "um bom candidato" a sucessor do sul-coreano Ban Ki-moon e não deixou de lembrar que o português é "um bom amigo, foi um primeiro-ministro impressionante de Portugal e um muito, muito bom Alto-Comissário para os Refugiados da ONU".

"Mas não me cabe a mim selecionar o próximo secretário-geral. Falando francamente, não posso prever o resultado deste processo", referiu Lykketof, considerando que o processo "será empolgante".

No passado dia 9, a Bulgária anunciou formalmente a candidatura da chefe da Organização da ONU para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), Irina Georgieva Bokova, ao cargo de secretária-geral das Nações Unidas.

Além de Bokova, foram anunciadas outras duas candidaturas oficiais oriundas daquela região: a da ministra dos Negócios Estrangeiros croata, Vesna Pusic, e a do macedónio Srgjan Kerim, que presidiu à assembleia-geral da ONU entre 2007 e 2008.

A Europa de Leste é o único grupo regional que ainda não teve um secretário-geral da ONU, sendo os candidatos desta zona considerados favoritos na eleição.

O próximo secretário-geral da ONU assumirá funções a 1 de janeiro do próximo ano, substituindo o sul-coreano Ban Ki-moon, que cumpriu dois mandatos de cinco anos.