O embaixador norte-americano em Lisboa, Robert A. Sherman, chamou os jornalistas para dar uma aula sobre o funcionamento do sistema eleitoral nos Estados Unidos.
A meio do processo de escolha de candidatos nos partidos democrata e republicano, com primárias e caucus em todos os Estados até ao início de junho, a aula começou com um alerta - as sondagens nacionais devem ser lidas com muito cuidado.
O Presidente dos EUA não é eleito pelo voto popular, mas por um colégio eleitoral, e o que conta são os resultados (e as sondagens) nos chamados swing-states, estados indecisos que vão variando a tendência de voto de eleição para eleição.
Daí passou-se para a análise política dos resultados até agora, tentando sobretudo uma explicação do voto de protesto em Donald Trump e Bernie Sanders.
Democrata, membro da equipa inicial de Barack Obama, o embaixador Robert A. Sherman não perde a fé em Hillary Clinton e numa vitória do seu partido. Garante que essa esperança tem bom fundamento nos números, nos valores das sondagens até agora.
Antes da aula, que reuniu na embaixada dos EUA um pequeno grupo de jornalistas, o embaixador fez uma confissão, e admitiu que o sistema eleitoral norte-americano é tão complexo que a maioria dos eleitores não sabe ao certo como é eleito o Presidente.
E se eles não percebem, talvez seja boa ideia ouvir alguém que já esteve envolvido numa campanha, a de Barack Obama em 2008.
A TSF acompanha as eleições nos Estados Unidos, ao longo de todo o ano, em parceria com FLAD, a Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento.